E se vocês sentissem medo de não serem mais quem vocês são? É o sonho de todos nós nos mantermos vivos, nos mantermos sãos. Mesmo que a sanidade aparentemente perfeita não seja abrupta e rude... Mesmo nesse mundo que julga e pune quem age por impulsividade devido às consequências de atitudes instáveis e não tão menos hostis, devemos manter a sanidade sem medicamentos? Talvez sim, porque a cada comprimido parece um alívio, mas é um acúmulo no organismo que leva, de todo modo, pro abismo. Te deixa diferente. Te torna indiferente. Te faz se sentir doente. Te faz perder a referência de si.
Até em tratamento nada te abandona (mesmo esporadicamente elas aparecem): a tristeza, a ansiedade, a insônia, a raiva. Algo é certo: quem vai embora é você mesmo, que passa o tempo se questionando e analisando se suas atitudes vêm de dentro, se vêm das cápsulas/comprimidos ou se fazem parte daquele monstro que você parece ser quando está em crise. Então é isso o que somos? O que nos tornamos?
Os outros que também podem ir embora são os mesmos que hoje dizem: procure ajuda, você precisa se tratar... Dizem que não vão te deixar... Será?
'Quem está agora ao teu lado?Quem para sempre está?
Quem para sempre estará? '
Com certeza quem te ama de verdade estará com você nos dias de calma, nos dias de fúria... Até o fim porque conhece - bem a fundo - a sua essência. Sem a premissa da paciência. Essa já faz parte do amor.
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