21/07/2011

Intensidade

Eu sou intensa em tudo na minha vida: nas amizades, na família, no amor. Me entrego às pessoas que amo de uma maneira que chega a ser agressiva, no bom sentido. Faço tudo o que for possível por quem eu digo que amo. Há algum tempo tento modificar esse meu jeito de ser, procurando equilíbrio e serenidade. E procurando aprender a não esperar o retorno do meu esforço pra fazer as pessoas felizes.

Criei na mente um conceito de troca: eu te faço o bem e você me retorna com o bem. Troca boa, porque raramente pago com o mal quando me fazem mal. Eu simplesmente tento me desligar. Às vezes penso que pagar com o mal seria melhor, assim eu me livraria de toda raiva e mágoa, deixando meu coração limpo. Mas é impossível deixar o coração limpo com a mente cheia de culpa.

Preciso, urgentemente, parar de esperar o bem que faço aos outros. Porque aí não fiz o bem. Fiz algo pra ter retorno e isso se chama egoísmo. Será que, no fundo, sou egoísta? Faço o bem esperando o bem, logo esperando me dar bem?

Minha cabeça tá cheia de idéias confusas. Só não confundo meus sentimentos. Muita gente subestima o que senti e vivi há pouco tempo. Mas eu sei o que vivi e senti muito bem, tenho certeza. Eu fui longe, eu amei demais e não foi por inexperiência. Foi porque sou intensa. Eu não posso fazer nada se jogaram o meu amor no lixo e eu não pude recuperá-lo, limpá-lo e trazê-lo de volta pra mim.

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